terça-feira, 5 de janeiro de 2010

#Profissões

- E o que é que ele quer ser quando crescer, já sabe?
"Ora bem, eu, que não é por ser meu filho, mas a verdade é que muito bom menino... ai isso é. Veja que se lhe dou uma lambada bem dada, ele nem fica zangado! E nem sequer amua! É capaz de chorar um bocadinho na hora, mas depois diz-me logo: "Oh mãezinha, se me deste foi para meu bem". E portanto, por conseguinte, ele pronto, tem bom coração, tem bom íntimo, compreende? No outro dia, lá por causa de uma amiga, assim para a defender de um rapaz, deitou-o ao chão e foi a puxá-lo pelas pernas escada abaixo. E o outro a bater com a cabeça no chão, que aquilo não foi brincadeira... era para o ter magoado a sério! Ele é assim, muito calmo, mas se vê injustiças, ai isso ele não se fica, vai e defende! E então, ou vai para servir o país ou para servir a Deus. Ainda não sabe... está muito indeciso entre ser GNR ou ser Padre."

Bem sei que os métodos das nossas forças policiais andam brandos, e que as penitências da Igreja Católica também já foram mais fervorosas mas, contar com a cabeça todos os degraus do Santuário de Fátima parece-me excesso de punição e sentido de justiça do pequeno servo indeciso. Mas, se para Sacerdote o chamamento pode acontecer a qualquer altura da vida, já para GNR o processo que garante o proeminente abdómen e portentoso bigode é coisa a ser iniciada no berço. Temos Padre! 

2 comentários:

A disse...

eu quando era pequeno queria ser homem do lixo. havia em mim um fascinio desmedido pelo facto de eles andarem pendurados na parte de trás do camião. mas não segui o sonho, decidi tornar-me mais um dos amargurados que não seguiu o seu sonho de criança.

portanto, deixem essa criança seguir o que ela quer, que, pelo modus operandi, quer ser o batman!

Bigger than I am disse...

Ter um GNR é sempre bom, principalmente quando se tem o pé pesado ou se gosta de um copo(de cristal) de vinho maduro para descomprimir: "Oh senhor guarda, foi só um copo!"
Mas ter um padre amigo... casamentos, funerais ou até uma confissão: "Oh senhor Padre, pequei!"